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O tecido adiposo como reserva energética no exercício





Olá! Tudo bem? Sou a Dani e esse post fala sobre O tecido adiposo como reserva energética no exercício.

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Para a prática do exercício, é preciso utilizar como combustível a gordura, que é o combustível celular ideal. Simplesmente porque cada molécula de gordura contém grandes quantidades de energia por unidade de peso, sendo transportadas e armazenadas facilmente, além de proporcionarem uma fonte ilimitada de energia. A principal forma de estocagem de lipídios no organismo é o triacilglicerol (TG), armazenado no tecido adiposo.

Sendo assim, o tecido adiposo (TA) representa a maior fonte de energia orgânica e de reserva energética de todo o corpo. Além de sua capacidade de reserva energética, ele também age como um órgão secretor, tanto de hormônios quanto de outras substâncias químicas, e é responsável por diversas alterações químico-fisiológicas do organismo, tanto do excesso quanto da deficiência de gordura corporal, ambos com significante repercussão médica, social e econômica.

Encontram-se difundidas ao longo do corpo sem uma conexão física aparente entre suas partes, não estando aglomeradas em um único local, ou numa única cavidade específica, como a maioria dos outros órgãos.

O tecido adiposo é composto por diferentes tipos de células, que participam em proporções distintas em sua função secretora, é um tecido heterogêneo em termos de capacidade metabólica, ou seja, dependendo de sua localização, subcutânea ou visceral, ele pode desempenhar papéis distintos.

As adipocinas influenciam na regulação da homeostase e atuam em diversos processos como: na ingestão de alimentos, no balanço energético, na ação da insulina, no metabolismo de lipídios e glicídios, na angiogênese e remodelamento vascular (desenvolvimento de novos vasos e vias de circulação sanguínea), na regulação da pressão sanguínea e coagulação

Algumas adipocinas (moléculas bioativas de proteínas secretoras que atuam em diferentes partes do organismo), também são secretadas por outros tecidos do organismo, sendo quase impossível estabelecer uma relação direta quanto à contribuição do TA em sua liberação.  Pouco se sabe acerca dos mecanismos moleculares envolvidos na síntese e liberação das adipocinas.

Devido à sua vasta atuação no organismo, essas substâncias têm sido consideradas ultimamente como um dos principais elos entre o excesso de gordura corporal e outras patologias, sendo mantida a associação entre algumas adipocinas e determinadas doenças, como a obesidade. A secreção de adipocinas no organismo, bem como outras características metabólicas, pode ajudar a identificar e esclarecer a diferenciação entre os efeitos do acúmulo de gordura em diferentes partes do corpo. O tecido adiposo visceral tem uma maior atividade metabólica, sendo mais sensível à ação de catecolaminas e beta-agonistas, e mais resistente à ação insulínica4.

As diferenças na localização dos depósitos de gordura corporal são mais acentuadas no corpo feminino do que no dos homens. A diferença sexual na gordura corporal e no padrão de distribuição da gordura em geral está relacionada também com as variações de lipase lipoprotéica (LLP), a LLP controla a captação de TG circulante pelos adipócitos (armazenamento). Os adipócitos nas regiões do quadril, da coxa e das mamas produzem uma quantidade considerável de LLP nas mulheres, enquanto os adipócitos abdominais mostram uma maior atividade de LLP nos homens.

 O maior risco para a saúde, do aumento e do acúmulo de gordura corporal na região abdominal (obesidade central ou tipo andróide, em forma de maçã), particularmente os depósitos viscerais, pode resultar da lipólise ativa desse tecido com a estimulação das catecolaminas (adrenalina, dopamina e noradrenalina). A gordura acumulada nessa região demonstra uma maior situação de risco à saúde biológica dos homens do que, de fato, a gordura que se localiza nas regiões glúteas e femorais das mulheres (obesidade periférica ou tipo ginóide, em forma de pêra). Os aumentos na gordura corporal central estimulam mais rapidamente os processos causadores de doenças crônicas, cardiovasculares, câncer, diabetes tipo 2 e cataratas2.

 As mulheres têm um percentual de lipólise inferior à dos homens em exercícios, o que talvez explique por que os homens diminuem as reservas de gorduras mais eficientemente com o treinamento físico do que as mulheres.

 A taxa lipolítica, durante o exercício, é maior no tecido adiposo subcutâneo abdominal do que no tecido adiposo subcutâneo glúteo-femoral, principalmente nas mulheres, no entanto, não há diferenças entre os sexos no repouso. Evidentemente, isso reforça o caso de que seria, tanto na teoria quanto na prática, muito mais trabalhoso e, conseqüentemente, mais demorado eliminar os depósitos de gorduras centrais, ou abdominais, do que de fato, os depósitos de gorduras periféricos (braços, pernas, quadril e glúteos).

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